quinta-feira, 8 de março de 2012
Campanha salarial 2012
Patrões oferecem 0%. Greve em março “Estão encerradas as negociações!” Com este xeque mate o presidente do Sindicato das Empresas de
Segurança (Sindesp), Frederico Klim Câmara, encerrou o último encontro dos patrões com os sindicatos
dos vigilantes da capital, Baixada e interior, dia 2 de
fevereiro último. Alegou que na assembléia patronal os
donos das fi rmas de segurança não autorizaram o Sindesp oferecer nada além do INPC dos últimos 12 meses. Ou seja, nenhum aumento real! Apenas a reposição
infl acionária do período. A data base é março.
Em função da intransigência dos patrões, a Federação da categoria se reuniu e decidiu que fará protestos
e greve, assim como ocorreu no ano passado, quando os
vigilantes cruzaram os braços por mais de 30 dias em
Campos, Macaé e Friburgo, contando ainda com paralisações em Volta Redonda, Baixada e município do
Rio, afetando principalmente os bancos que fecharam
por falta de segurança. Em 2011, os vigilantes tiveram
a reposição da infl ação mais 1,5% de aumento real, totalizando 8% de reajuste salarial.
Todos os Sindicatos Unidos
Nesta campanha conseguiu-se o apoio dos sindicatos que estavam afastados nos anos anteriores – como
os de São João de Meriti, Niterói, Angra dos Reis, Caxias, Itaguaí, Mesquita e Petrópolis, que também estão
indignados com o 0% de ganho real oferecido pelo patronal. Ainda em fevereiro será marcada uma assembléia para aprovar a greve nos principais postos das
empresas na capital, Baixada e interior do estado. Tudo
indica que a greve começará em 8 de março.
Nas assembléias realizadas dias 14 e 15 de dezembro foi aprovado 10% de reajuste acima da infl ação do
período. Mas os patrões sequer apreciaram a proposta
dos trabalhadores. Em 19 de janeiro, a Federação reformulou a pauta pedindo 9% de reajuste mais o INPC
dos últimos 12 meses. Os donos das empresas fi caram
de dar resposta depois da assembléia dos patrões que
anunciou 0% de aumento real à categoria. Participaram da reunião do dia 2 de fevereiro, os representantes
dos sindicatos do Rio, Campos, Macaé, Belford Roxo,
Nova Iguaçu, Friburgo e Volta Redonda, além do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Valores do
Interior.
Amplamente discutida, a pauta contém os seguintes itens: reajuste salarial real de 9% mais a infl ação
do período; dividir os 22% restantes do Risco de Vida
em 2 parcelas de 11%; Adicional de Risco diferenciado
pela função exercida: agente, escolta, supervisor, fi scal,entre outras, e não apenas sobre o piso do vigilante; a
função de vigilante de escolta armada passa a ser fi xa
e não transitória; majoração do tíquete refeição de R$
8,85 para R$ 16,50; redução de 20% para 5% o desconto do auxílio alimentação; assistência médica custeada
pela empresa para titular e dependentes; diminuição
da jornada mensal de 192h para 180h, proporcionando
acréscimo de horas extras no contracheque; mudança
do triênio de 2% para anuênio de 1%; hora extra ao vigilante que faz curso de reciclagem no período de folga
ou férias; incluir o atestado de médico particular como
abono das faltas por motivo de saúde; autorizar entrega
do atestado médico após 48h de retorno ao trabalho;
impedir o desconto no contracheque de prejuízos com
acidentes no carro da empresa; possibilidade de recurso
em multas de trânsito, além da manutenção das cláusulas existentes.
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