terça-feira, 29 de janeiro de 2013

VIGILANTES VÃO PARAR DIA 1º DE FEVEREIRO, CASO NÃO RECEBAM DE IMEDIATO OS 30% DE PERICULOSIDADE

Os vigilantes e profissionais de segurança privada de todo o país, inclusive os do Rio, prometem fazer uma paralisação geral no próximo dia 1º de fevereiro (sexta-feira) caso as empresas de vigilância não paguem o adicional de 30% de periculosidade, previsto na Lei 12.740, e sancionada pela presidente Dilma em 8 de dezembro. Foi o que foi acertado na reunião da CNTV com as federações e sindicatos nos dias 17 e 18 últimos, em Belo Horizonte.
Os sindicatos de vigilantes, a Federação do Rio e a Confederação da categoria  entendem que o pagamento dos 30% de periculosidade deve ser imediato, conforme prevê o artigo 2º da lei 12.740: “Esta lei entra em vigor na data da sua publicação”, ou seja, está valendo desde 10 de dezembro quando foi publicada na primeira página do Diário Oficial da União.
Na última reunião (21/01) do Sindicato Patronal com todos os sindicatos de trabalhadores da segurança privada, os donos das empresas disseram que não há como arcar com as despesas ou repassar para os clientes. “Vamos quebrar, fechar a empresa e os vigilantes terão que procurar outro emprego”, alertou o presidente do Sindesp, Frederico Câmara, acrescentando que no entender deles o pagamento do adicional está vinculado a regulamentação da lei sancionada pela presidente Dilma. A declaração do empresário entra na contramão do que disse o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, na reunião do dia 17 último, em Brasília, com a Federação do Rio, a Confederação e representantes das empresas. “Vamos tratar apenas de regulamentar a lei que chegou do Palácio do Planalto.”Não cabe ao Ministério do Trabalho discutir a vigência ou aplicabilidade de uma lei que está em vigor”, afirmou Brizola Neto.

 
No posto não se fala outra coisa: cadê nossos 30%?

Dia D - Resposta do Sindicato patronal será nesta quarta
A Federação e todos os sindicatos de vigilantes do Estado se reuniram na sede do Sindesp dia 21 de janeiro, quando foi entregue a pauta reivindicatória para a Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2014, em mais uma Campanha Salarial unificada. Além do reajuste de 10% − incluindo a reposição da inflação − foram propostas outras modificações nas cláusulas sociais como: diminuição do valor do desconto do tíquete refeição de 20% para 5%; unificação das escalas de trabalho 12x36, fim da jornada de 192 horas mensais, passando para 44 horas semanais; plano de saúde para titulares e dependentes; entre outras cláusulas de alcance social. Também foi incluída na pauta a exigência do pagamento imediato do adicional de 30% de periculosidade, fora mais 6% do risco de vida agora em março, garantido parceladamente em convenções anteriores, totalizando 20% neste ano de 2013.
O Sindicato patronal ficou de analisar as reivindicações e nesta quarta-feira, dia 30, às 14h, haverá outra reunião para prosseguir às negociações com os trabalhadores. Se a resposta dos empresários em relação ao pagamento imediato dos 30% de periculosidade for negativa, os vigilantes de todos os municípios do Estado do Rio cruzarão os braços, paralisando a segurança de setores importantes como aeroportos, portos, rodoviárias, sambódromo, escoltas de cargas, escolas, repartições públicas, comércio, indústria, entre outros.

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