sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

GREVE À VISTA: IMPASSE NAS NEGOCIAÇÕES


Em mais uma rodada de negociações no sindicato patronal (Sindesp) os donos das empresas de segurança anunciaram 0% de aumento para os 50 mil vigilantes do Estado do Rio. A negociação foi encerrada pela entidade patronal que se reuniu no dia 2 de fevereiro com os sindicatos da capital, Baixada e interior. Assembléia dos patrões autorizou  apenas o repasse do INPC dos últimos 12 meses. Ou seja, nada de aumento para a categoria. Com essa decisão, os vigilantes devem deflagrar uma greve em março – data base da categoria – para pressionar os patrões a concederem aumento real.  



Em função da intransigência patronal, a Federação dos Vigilantes se reuniu e decidiu que fará protestos e manifestações, antes da greve, assim como ocorreu  ano passado, quando os vigilantes cruzaram os braços por mais de 30 dias em Campos, Macaé e Friburgo, contando ainda com paralisações em Volta Redonda, Baixada e município do Rio, afetando principalmente a rede bancária que fechou por falta de vigilância. Em 2011, os vigilantes tiveram a reposição da inflação mais 1,5% de aumento real, totalizando 8% de reajuste salarial.



Nesta campanha sindicatos que estavam afastados nos anos anteriores – como os de São João de Meriti, Niterói e Angra dos Reis – também aderiram à campanha unificada, indignados com o zero por cento oferecido aos trabalhadores vigilantes.
Em assembléias realizadas nos dias 14 e 15 de dezembro, a categoria aprovou pauta reivindicatória com 10% de reajuste acima da inflação do período. Mas os patrões não quiseram apreciar a proposta.  Na penúltima reunião, em 19 de janeiro, a Federação reformulou a pauta com 9% de reajuste mais  a reposição inflacionária do período, dividindo os 22% do risco de vida em duas parcelas de 11% e a elevação do auxílio alimentação de R$ 8,85 para R$ 16,50. Nem assim houve avanço nas negociações. Estiveram presentes na última reunião com o sindicato patronal os representantes dos sindicatos do Rio, Campos, Macaé, Belford Roxo, Nilópolis, Nova Iguaçu, Friburgo e Volta Redonda, além do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Valores do Interior. 

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