De braços cruzados desde o dia 29 de abril, os vigilantes dizem que não
há expectativa do movimento ser encerrado, já que o sindicato patronal
ainda não se manifestou ou ofereceu qualquer proposta. Nesta sexta-feira
(09/05), décimo dia da paralisação dos serviços, as filas nas casas
lotéricas chamam a atenção e exercitam a paciência de quem tem que
passar horas esperando pelo atendimento que antes era feito em minutos.
A cabeleireira Ana Emília Silva Brito, de 55 anos, escolheu o
estabelecimento com mais caixas disponíveis e, portanto, com
possibilidade de ser mais ágil.
“Estou aqui há 15 minutos. Vim fazer um procedimento que sempre faço e
sei que aqui é rápido, mas com a greve sempre tem ficado lotado. Em um
dia como hoje, sexta-feira, eu estou perdendo dinheiro aqui”, lamentou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes (Sindivig) de
Campos, Luiz Carlos Rocha, 15 municípios do Estado já aderiram à greve
que, sem sinalização de diálogo do sindicato patronal, não tem previsão
para terminar. Ainda de acordo com ele, não há ações ou manifestações
previstas.
“Enquanto o patronal não se manifestar, não tem porque fazermos alguma
ação. Estamos em frente a algumas agências que nós já sabemos que tentam
funcionar com numerários (movimentação de dinheiro nos guichês), mesmo
sem garantia de segurança”, revelou o presidente Luiz Carlos.
A categoria pede plano de saúde, redução na carga horária de trabalho
para 44 horas, reajuste de 10% do ganho real e 6% da inflação, ticket de
alimentação no valor de R$ 20.
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