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Unidade. Os vigilantes de transporte de valores mostraram força de mobilização ontem cedo

Funcionários de três empresas de vigilância e transporte de valores com sedes em Campos fizeram nesta sexta-feira uma paralisação de 24h, um dia após ser deflagrada a greve nacional dos bancários, com ampla adesão na região. Os vigilantes reivindicam reajuste salarial e cumprimento de direitos trabalhistas. As empresas de segurança são responsáveis pelo abastecimento e recolhimento de valores em caixas eletrônicos, casas lotéricas e algumas redes de supermercados no Norte e Noroeste Fluminense.

Segundo o delegado regional do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Valores (Sindivalores), Nixon Correa, a paralisação mobilizou 120 vigilantes e funcionários administrativos. Eles pedem reajuste salarial de 10%, fim do banco de horas e fim do acordo bianual. "Hora extra não deve ser paga com folga. Quem trabalha quer dinheiro", disse Correa. Paralisações como a de Campos ontem ocorreram em julho em Cabo Frio, Volta Redonda e Petrópolis.

Greve dos bancários ganha adesão

Após a adesão de 100% da greve dos bancários registrada ontem na região de Campos, incluindo outras cidades do Norte e Noroeste Fluminense, ganhou reforço ontem de funcionários de agências da Região Serrana que ontem haviam funcionado normalmente.

Os bancários encerraram ontem o segundo dia da greve que deve entrar na segunda semana ainda sem indicativos de abertura de negociações com os donos de bancos, que seguem irredutíveis. Os bancários pedem, entre outros itens, reajuste de 11,93% (6,93% de reposição da inflação do período e 5% de ganho real). No ano passado eles conseguiram 2% acima da inflação.

Lotéricas - Enquanto as partes não abrem negociação, a maior parte dos pagamentos de contas acaba se concentrando nas casas lotéricas. O movimento tem aumentado nesses estabelecimentos despois do início da greve. Também os terminais eletrônicos dos bancos têm registrado grandes filas para operações diversas.